Autonomia e
empoderamento

por meio da
convivência com o semiárido

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A fome e a miséria são condições que historicamente atingem o Semiárido brasileiro.
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Uma região conhecida pela dificuldade de acesso à água, que abriga 37% dos agricultores familiares de todo Brasil.
No Brasil, 3.897.408 estabelecimentos rurais são de agricultores familiares. Destes, 1.446.842 se encontram no Semiárido. Mais de 80% deles não recebiam, até 2017, qualquer tipo de assistência técnica (Censo Agro, 2017).

O Projeto Dom Helder Câmara teve o intuito de amenizar esse passivo, levando Assistência Técnica e Extensão Rural para aqueles que se encontravam em maior vulnerabilidade social e econômica.

913 cidades

de 11 estados do Semiárido contempladas pelas ações do Projeto Dom Helder Câmara

Ao invés de combater as características do clima, nos últimos anos tem emergido a ideia de que é possível ter mais e melhores resultados por meio da adaptação ao contexto da seca, compreendendo suas particularidades e extraindo o melhor dessas condições para a promoção de sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.

Com recursos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, foram atendidas 54.048 famílias com ações de assistência técnica rural. 
Foram envolvidos direta e indiretamente 1.675 técnicos que alcançaram diretamente um total de 225.556 pessoas. 
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Além da assistência técnica, 14.395 famílias foram contempladas com recursos não reembolsáveis do Fomento às Atividades Produtivas Rurais, um programa vinculado ao Plano Brasil Sem Miséria e coordenado pelo Ministério da Cidadania.

Foram pagas 2 parcelas anuais de R$1.200 a cada família.

A Universidade de Brasília, através do Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar, atuou na implementação, monitoramento e avaliação do Projeto Dom Helder Câmara.

Produtos da universidade de brasília sobre o projeto Dom helder câmara

Avaliação de impacto

A partir da amostra de uma amostra de 4.374 famílias, entre beneficiários do PDHC e não beneficiários (grupo controle), foram analisados 28 indicadores para medir o impacto do Projeto Dom Helder Câmara. Acesse o estudo completo realizado pela Universidade de Brasília e veja os resultados detalhados do projeto.

Monitora online

O Monitora Online teve o objetivo de suprir importantes informações do Marco Lógico do PDHC. No entanto, a realização de entrevistas presenciais foi considerada perigosa, em um momento crítico da pandemia de Covid-19. Para não expor as famílias nem os agentes de campo, a Universidade de Brasília realizou, entre os dias 23/11/20 e 05/01/21 uma pesquisa online com 5.107 famílias.
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Contendo 34 perguntas, o material foi inserido dentro da plataforma SurveyMonkey e encaminhado aos agricultores por meio de redes de contato, principalmente via grupos de WhatsApp. O questionário foi enviado para empresas públicas e privadas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Cada técnico foi responsável por encaminhar o questionário aos beneficiários que recebem atendimentos.

Impacto da Renda Agropecuária Total

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Enquanto beneficiários de Ater (BG) apresentaram renda agropecuária total 16,3% maior em relação ao seu grupo controle (CG), os beneficiários de Ater e Fomento (BF) apresentaram renda agropecuária total 30,2% superior em relação ao respectivo grupo controle (CF).
Impacto na Particição de Mulheres e Jovens
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O índice de participação de mulheres e jovens foi 27,1% maior para beneficiários de Ater (BG) do que em relação ao grupo controle (CG). Para os beneficiários de Ater e Fomento (BF), o índice foi 30,7% superior em relação ao respectivo
Impacto no Acesso a Políticas Agrárias
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Enquanto beneficiários de Ater (BG) apresentaram índice de acesso a políticas agrárias 16,3% maior em relação ao seu grupo controle (CG), os beneficiários de Ater e Fomento (BF) apresentaram um aumento de 30,2% superior em relação ao respectivo grupo controle (CF).
Protagonismo
A assistência técnica, para além dos resultados em ganhos produtivos e econômicos, garantiu empoderamento aos agricultores e agricultoras, que passaram a carregar a identidade com orgulho.
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No final de 2022, 54.048 famílias haviam sido beneficiados com Assistência Técnica continuada. 78% delas relataram melhorias no consumo alimentar e 81% relataram aumento na diversificação produtiva
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Mulheres

28,4% no aumento no empoderamento de mulheres que receberam Ater
33,8% no aumento no empoderamento de mulheres que receberam Ater e Fomento

Conheça as experiências

Gênero, Ater e Segurança Alimentar

Graças à combinação da assistência técnica, fomento produtivo, redes colaborativas de conhecimento e intervenções inovadoras sobre processos produtivos, mercados e práticas gerenciais, a inclusão produtiva das mulheres das comunidades atendidas foi um dos marcos do PDHC. Em um curto período de tempo, elas aprenderam a se inserir nos mercados e a reconhecer a importância da função central que desempenham na nutrição, segurança alimentar e na geração de renda de suas famílias.

Jovens e territórios de aprendizagem

Garantir a inclusão produtiva de agricultores e agricultoras familiares significa também fertilizar o solo para promover a sucessão rural.
Através de inovações tecnológicas e um circuito de comércio justo, o campo começa a se tornar um espaço mais atraente para os jovens, evitando assim o êxodo para os centros urbanos.
Em parceria com o PDHC, a Procasur e a Semear Internacional, o projeto Territórios de Aprendizagem desenvolveu estratégias para aumentar o empoderamento dos jovens no Semiárido.
Segundo a avaliação de impacto, o projeto proporcionou um aumento de 22,2% no empoderamento dos jovens.

a pobreza rural

A pobreza atinge mais de 43% da população rural (PNAD, 2020). Longe dos centros urbanos, estas famílias sofrem isoladas, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade.
O caminho para a superação da pobreza rural envolve reconhecer a gravidade desta situação, e passar para ações concretas de inclusão social e produtiva, aproveitando seu potencial na preservação ambiental e na garantia da segurança alimentar local.
Para lograr êxito, as políticas públicas devem apoiar estas populações de forma continua, ultrapassando os limites de mandatos, de forma a propiciar ciclos virtuosos de crescimento e renda.

Ater e fomento
produtivo rural

A associação da assistência técnica ao fomento produtivo se revelou uma estratégia assertiva e eficaz no combate à pobreza rural, como demonstrou a maior parte dos indicadores analisados na Avaliação de Impacto.
Com a estruturação produtiva, os agricultores e agricultoras potencializam seus ganhos por meio do reinvestimento dos recursos e da diversificação produtiva, com o acompanhamento da assistência técnica.
Ouça de Dona Rosimeire e Dona Djanira como a Assistência Técnica e os recursos do Fomento fizeram florescer e frutificar não apenas o ambiente ao redor, mas também sua autoestima.
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ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL

As evidências do Projeto Monitora indicam que o PDHC II alcançou o objetivo de reduzir a pobreza no Semiárido brasileiro. Um dos acertos na formulação do PDHC II foi abordar a pobreza rural e os processos de inclusão produtiva e social de maneira multidimensional.
O desafio de vencer a pobreza no campo e as desigualdades continua, e abordar esse desafio de maneira sistêmica é mais necessário que nunca. As crises institucional e política pela que passou o Brasil nos últimos anos e a pandemia de Covid-19 aprofundaram os índices de pobreza, desigualdade e fome no Brasil.
A Assessoria Técnica para as famílias rurais pobres e extremamente pobres deverá vir acompanhada de maneira concomitante de outro grupo de instrumentos de política pública que combinem a geração de capacidades com a oferta de infraestruturas produtivas, acesso a serviços básicos e dinamização de mercados, além dos serviços agropecuários.

resultados e lições aprendidas

Valorize a universidade pública.

 

Conheça a Universidade de Brasília e a Faculdade UnB Planaltina.

Trabalhos acadêmicos

Veja nosso vídeo com os principais resultados alcançados pelo projeto.

parceiros

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HOMENAGEM AO AMIGO "ZUMBI"